22.6.07

Paradigmas da Avaliação

Síntese elaborada por Teresa Pombo do artigo :
De Ketele, J.M. (1993) L?évaluation conjuguée en paradigmes. Revue Française de Pédagogie, 3. pp. 59-80.

-Paradigma da intuição pragmática-
. a avaliação é um acto intuitivo.
. a avaliação é pragmática porque fortemente determinada pelas exigências do contexto
. as notas são a principal arma para motivar os alunos
. interessa avaliação sumativa e a certificação do êxito dos alunos para uma gestão
social (gestão da sala de aula, gestão institucional e gestão das relações com os pais)

. apoia-se em predictores da avaliação (resultados do ano anterior)
. têm sucesso os alunos activos e os aplicadores e disciplinados; não têm sucesso os
alunos que se consideram pouco dotados e os pouco trabalhadores e indisciplinados.


-Paradigma docimológico-
. orientado para a fiabilidade e fidelidade da avaliação
. já teve duas fases: força, contestação, divisão de opiniões /recusa, aprofundamento
"edumetria")

. a "edumetria" tem a ver com autores que têm contribuído para a avaliação formativa
e que fazem quatro tipos de diferenciação

.a dif. dos alunos ou a medida dos seus traços distintivos;
. a dif. dos objectivos e dos domínios de ensino;
. a dif. das condições de aprendizagem e dos factores de ensino;
. a dif. dos níveis sucessivos de uma aprendizagem.

-Paradigma sociológico-
. a escola é o meio de legitimação de desigualdades culturais;
. a escola é o meio de reprodução social
. a avaliação tende a acentuar as desigualdades já existentes.

-Paradigma da avaliação centrada nos objectivos-
. abordagem tyleriana - pedagogia por objectivos aplicados aos Programas (com 8
etapas, só o que estava previsto é válido).

. a pedagogia da mestria, com as taxonomias de Bloom e já com a teoria do feedback
. numerosas críticas (pecado behaviourista, pedagogia da salsicharia)

- Paradigma da avaliação formativa num ensino diferenciado
. inicia-se com Scriven (p.67) para quem o erro fazia parte do processo normal de
aprendizagem

. o Colóquio de Genéve (p.78) introduz a ideia de regulação com etapas e modalidades
da avaliação formativa (avaliação formativa retroactiva, AF interactiva e modalidades
mistas)

. avaliação proactiva
. avaliação diferenciada segundo Allal
. o modelo pessoalista de Peretti (pp. 89 e 91) centrado no aluno e no professor.

-Paradigma da avaliação ao serviço da decisão-
. o modelo CIPP de Stufflebeam
. o modelo de avaliação ao serviço de uma pedagogia da integração; torna "micro" os
valores "macro" de Stufflebeam (diferente da pedagogia da salsicharia)


-Paradigma da avaliação centrada nos interesses do consumidor segundo Scriven-
. o que interessa é recolher o máximo de informação com diversos instrumentos para
fazer um juízo de valor


-Paradigma da avaliação centrada no cliente ou paradigma da avaliação responsiva-
. segundo Stake-


-Paradigma económico-
. segundo Dijon

-Paradigma da avaliação como processo de regulação-
. segundo Perrenoud

Nada como ler esta informação, agora que vamos reflectir sobre a avaliação final nossa, enquanto professores, e dos alunos ao longo do ano lectivo!

"You cannot be literate in the 21st Century unless you are literate in all the media that are used to communicate." [C. Bazalgette]